Resenha - A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil

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"As pessoas podem fazer coisas horríveis quando se sentem seguras e poderosas."
E aí galerinha, tudo na boa?
Hoje estou aqui para falar sobre um lançamento de 2017, recebi ele na caixa do Turista Literário e iniciei a leitura o mais rápido possível.

"Do chão, nós nos erguemos; Nas nossas naves, vivemos; Nas estrelas, sonhamos. (Provérbio exodoniano)"

A obra é um pouco diferente do que estamos acostumados. A Andarilha é uma nave de perfuração, ela voa pelo espaço fazendo buracos, para diminuir a distância entre um ponto a outro, louco né? O espaço é cheio de alienígenas de espécies diferentes. Os humanos são só mais um em meio à multidão.




Mas então, o que faz com que o livro seja tão diferente? Simples, viajando na nave inúmeros são os personagens a que somos apresentados, de espécies diferentes, com costumes diferentes. Não existe um protagonista, todos são importantes para que a nave siga o seu caminho, assim como a história.

"Não julguem outras espécies pelas suas próprias normas sociais"

No inicio demorei um pouco para conseguir engrenar, os nomes são bem diferentes, e eu demorei para assimilar o nome ao personagem. Mas depois era como se eu fizesse parte de uma grande família, como se eu fosse parte da tripulação da Andarilha. Todos acabam conquistando o leitor, acabei me apegando a todos, e quando digo todos, SÃO TODOS.

Tudo é tão bem escrito que conseguimos vivenciar todas as emoções que cada personagem vive. Mesmo a maioria não sendo humano, a gente percebe que os sentimentos existem, de formas diferentes de se expressarem, mas existem e isso é muito incrível. Todo o universo é extremamente bem construído, mesmo sendo algo que nunca vimos, conseguimos imaginar os planetas, os seres e as coisas que são descritas.

"- O que aconteceu com você, com a sua espécie.... nem se compara. 
- Por quê? Porque foi pior? Mas claro que se compara. Se você quebrar um osso e eu já tiver quebrado todos os ossos do meu corpo, isso anula a sua fratura? Por acaso faz passar a dor, saber que eu sofri mais? 
- Não, mas não é a mesma.... 
- É sim. Os sentimentos são relativos. No fundo, são todos iguais, mesmo que venham de experiências distintas e existam em intensidades diferentes.?"

Política, guerras, amor, saudade, empoderamento feminino e luto estão presentes na obra, mas o que mais se destaca é o respeito pela diversidade. Todos tentam viver em harmonia, respeitando as crenças e o modo de viver. Um tapa na cara da nossa sociedade atual. 

Ele é o primeiro livro de uma trilogia, e estou torcendo muito para que a Darkside publique todos eles.

A edição está maravilhosa, digna da editora. Capa dura e toda brilhante, marcado de fitilho e com imagens do espaço na folha de guarda, sério, apaixonante demais. 

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