Resenha - O Livro dos Espelhos

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Semana passada concluí a leitura de um livro que há alguns meses jazia sob a pilha dos não lidos, seu título é “O livro dos espelhos” do escritor E. O. Chirovici, publicado em agosto desse ano pela Editora Record.

“Um suspense policial escrito como um quadro de Picasso. Altamente recomendado.” - Lee Child

O livro é do gênero suspense/policial e é dividido em três partes, cada uma narrada por um personagem que fica a parte de resolver o mistério que gira ao redor do assassinato do professor e psicólogo Joseph Wieder, em 1987.

A primeira parte é narrada pelo agente literário Peter Katz, que recebe por e-mail um manuscrito incompleto (por acaso com o mesmo título do livro) escrito por Richard Flynn, contando suas lembranças e momentos de 1987, quando estudava na mesma faculdade que o professor lecionava, o tempo curto que morou junto com a pupila dele, Laura Baines, a quem acabou apresentando-lhes e assim conseguindo acesso a casa do professor e um trabalho na biblioteca do mesmo.

A última página do manuscrito para quando Richard está a caminho da casa do professor, no dia de sua morte. O que aconteceu depois? O que Richard foi fazer lá? Será que ele viu o assassino? Foi essas perguntas que impulsionaram o agente literário ir atrás de Richard e descobrir que o mesmo encontrava-se no leito de um hospital, inconsciente, e sua companheira não fazia ideia de onde estava a continuação do tal manuscrito.

Precisando de respostas e de um final para o livro, Peter contrata John Keller, jornalista e escritor freelance, que fica responsável por investigar a verdade que aconteceu em 1987, fazendo-o ir atrás das pessoas que eram citadas no manuscrito e policiais que foram responsáveis pelo caso. Tudo que ouvia eram histórias contraditórias, levando a desistir depois que ficou sem saída.

Quando já tinha partido para outro trabalho, John recebe a ligação de um policial, Roy Freeman, alegando ter encontrado o assassino. Portanto, a terceira parte é narrado por Roy contando a investigação que fez para conseguir capturar o verdadeiro culpado. Seria mesmo o verdadeiro?

A leitura é fluída e te prende devido a necessidade de querer saber o que aconteceu numa noite fria de dezembro de 1987, mas não decepcione se não for como imaginou. Muitos pontos soltos são amarrados, entretanto alguns são superficiais, como precisassem ser explorados, mas o autor parecia ter pressa em concluir o livro, sendo único ponto negativo que tive em relação à obra. O mais interessante é que Chirovici trabalha com as memórias dos personagens para solucionar o que ocorreu há mais de vinte anos atrás, encaixando-se bem com um dos estudos que o professor Joseph fazia que era a respeito da memória, o quanto ela pode ser real ou distorcida com o tempo.

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