Resenha - Carta de Amor aos Mortos

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"Nivarna significa liberdade. Liberdade do sofrimento. Acho que algumas pessoas diriam que a morte é exatamente isso. Então, parabéns por estar livre, acho. O resto de nós ainda está aqui, agarrado aos cacos."


E aí galerinha, tudo na boa?
Hoje estamos aqui para mais uma resenha, dessa vez é de um livro que eu acho que está há uns dois anos na minha estante esperando o seu momento.
Enfim o momento chegou hahaha.


Carta de Amor aos Mortos estava muito em alta na época em que foi lançado, mas eu fui deixando ele para trás e acabei lendo só agora. E entendi perfeitamente o porquê do alvoroço em cima dele. Uma leitura cheia de mensagens e significados. Talvez até um pouco pesada, mas que vale a pena.

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"Sabe quando você acha que conhece alguém? Mais do que qualquer um no mundo? Você sabe que entende a pessoa, porque a enxerga de verdade. E então você tenta se aproximar, e ela.... desaparece. Você acha que pertenciam uma à outra. Achava que ela era sua, mas não é. Você quer protegê-la, mas não pode."

O livro mostra a vida de Laurel, que tem um amor enorme por sua irmã mais velha que morreu há poucos meses. A perda de May fez com que a vida da pequena família ruísse de vez. A mãe foi embora, Laurel passa uma semana com o pai e outra semana com a tia. Trocou de escola, entrou para o ensino médio e ainda tem que conviver com a culpa e os segredos da falecida irmã.


Como todo livro com personagens adolescentes, temas como bullying, sexo, drogas, bebidas e descobertas são abordados na obra. Mas a diferença é que o livro todo é contado com Laurel escrevendo cartas para pessoas que já morreram, Amy Winehouse, Kurt Cobain, Heath Ledger, entre outros. É como se os artistas fossem amigos de Laurel. Tudo é em forma de carta.

"Um vez você disse que as pessoas eram tímidas demais para sobrevoar o próprio Atlântico, e acho que é verdade que a vida de todos nós é cheia de oceanos. Para mim, talvez o Atlântico tenha sido aprender a falar sobre as coisas, ainda que um pouco por vez. Mas acho que a grande coragem é perceber que, por mais oceanos que eu atravesse, a verdade, simples e boba, vai sempre estar do outro lado."

A leitura flui muito bem, e o mistério que cerca a morte de May acaba prendendo o leitor de uma forma fácil. Tudo é revelado aos poucos, luto, dor e medo estão presentes em vários momentos. A dor é palpável. Para muitos leitores, foi o livro mais profundo que já leram. 

Como gosto muito de drama, eu gostei bastante da história. O início demorei um pouco para pegar o ritmo, mas depois devorei em poucos dias.

"Um amigo é alguém que dá liberdade total para você ser você mesmo - e especialmente para sentir ou não sentir. Qualquer coisa que você sinta naquele momento está bom para ele. É o que o amor verdadeiro significa - deixar alguém ser ele mesmo."


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