E ai galerinha, tudo na boa
com vocês?
Hoje estou aqui para fazer a
resenha de mais uma obra da escritora Jennifer Niven. Esse foi o último livro
que eu comprei desde que eu decidi parar de comprar livros até dar uma
adiantada nos que estão parados na minha estante. E são muitos (cerca de 50), mas
eu resolvi passar ele na frente de todos. Por que? Porque eu amei demais “Por
Lugares Incríveis” e estava ansiosa para ler “Juntando os Pedaços”.
Logo no início, a escritora revela para nós toda a repercussão que o
livro “Por Lugares Incríveis” causou em sua carreira e na sua vida. Vários leitores
imploraram para que ela escrevesse outra obra, então ela decidiu escrever e
mais uma vez usou sua vida pessoal como inspiração. Usando a perda, o medo e a
dor que ela mesma sentiu ou que pessoas próximas sentiram.
“Juntando os pedaços é sobre ver e ser visto.
”
A obra traz dois protagonistas, Libby e Jack. Os capítulos são
intercalados entre os dois e seus pontos de vistas.
Libby é uma adolescente que sofreu a perda da mãe devido um aneurisma.
Tudo foi rápido, uma hora ela estava ali, outra hora já não estava. Libby teve
que conviver com a dor do luto, da ausência e a ansiedade. Acabou descontando
tudo na comida, ficou obesa. Não conseguia mais sair de casa e teve que ser
resgatada pelos bombeiros e médicos. Um trauma atrás de outro.
"Sei o que está pensando: Se você
odeia tanto isso, se é um fardo tão grande, emagreça, e seu problema estará
resolvido. Mas estou confortável assim. Talvez eu perca mais peso. Talvez não.
Mas estou confortável assim. Mas o que as pessoas tem a ver com isso? Quer
dizer, desde que eu não sente em cima delas, quem se importa?

Jack é um adolescente que sofre de uma doença chamada prosopagnosia. Ele
não reconhece rostos, nenhum, nem dele mesmo. Porém ninguém sabe, nem a própria
família e nem os amigos. Imagine você estar no meio do colégio, e não saber
quem é quem. Conseguiu imaginar? Difícil né?
“[...]
- Eu também ia te levar para jantar,
antes ou depois do filme, e com certeza ia te acompanhar até a porta da sua
casa.
- E se eu quisesse ir dançando até a
porta?
- Então eu seria seu par.”
A obra é um conjunto de temas recorrentes na vida de adolescentes,
bullying, obesidade, dificuldade de se mostrar, namoro, problemas com os pais e
ensino médio. Mas tudo é abordado de um modo sutil, delicado e simples.
O modo como a vida de Jack e Libby se encaixam é leve. Tudo acontece de
um jeitinho puro. Dois adolescentes com problemas, um ajudando o outro da sua
maneira.
“Então eu me pergunto: o que o ensino
médio pode fazer comigo que já não tenha sido feito? ”
Talvez o mais marcante seja a força de Libby. No mundo onde vivemos,
fugir do padrão causa consequências devastadoras, e para ela não foi diferente.
Me diz quantas vezes você já olhou para alguém gordo e pensou algo terrível?
Pare e reflita. É isso que a obra faz, reflexão. Torci, me emocionei, vibrei e
dancei com Libby. Personagem perfeita.
Os capítulos são curtos e a leitura flui extremamente bem. A capa é
maravilhosa, e os personagens são apaixonantes.
Maravilhoso do início ao fim, super recomendo.


