
E ai galerinha, tudo
certo?
Hoje estou aqui para falar
sobre o lançamento da semana – aqui no Brasil – e que está sendo muito
comentando na mídia, principalmente porque estamos diante de algo inédito do
cinema atual – Leonardo DiCaprio receber a estatueta do Oscar -. Mas será mesmo
que esse ano ele ganha?
Entrei na sala de cinema
com uma expectativa enorme, não que eu tenha me decepcionado, mas também não
morri de amores pelo filme.
“O Regresso” conta a
história de um grupo de exploradores que caçam e comercializam as peles dos
animais. Logo no inicio já somos levados a uma enorme selvageria, onde os
índios locais atacam os exploradores, sangue, correria e gritos tomam conta dos
primeiros minutos do filme. Sobram apenas 10 exploradores, entre eles está Hugh
Glass (Leonardo DiCaprio).
Glass já viveu com os
índios, teve um relacionamento que gerou o seu filho Hawk e que também faz
parte dos exploradores vivos. Como toda a sua experiência por aquela região do
Rio Missouri, Glass diz para o seu Capitão Andrew Henry (Domhnall Gleeson) que
eles devem abandonar o barco onde estão e seguir caminhando, para tentarem
despistar os índios. Porém um dos integrantes, Fitzgerald (Tom Hardy) não gosta
muito da ideia e tenta arrumar confusão.
Quando o grupo resolve
dormir, Glass sai para explorar a mata e é atacado por um Urso pardo, a cena é
perturbadora e maravilhosa no sentido de perfeição. Glass é jogado para os
lados, pisado, arranhado e mordido pela ursa, e mesmo assim consegue mata-la.
Porém seu estado é critico, e a única solução é carregar Glass em cima de uma
maca feita com troncos de árvores. A neve começa a cair, o frio é devastador e
o caminho não é fácil. Então o capitão oferece uma recompensa para que três
homens fiquem para trás com Glass até que ele se recupere – ou morra -, fica
seu filho Hawk, Bridger (Will Poulter) e é claro, Fitzgerald.
Resultado: Glass é deixado para trás ainda vivo. O que aconteceu com os outros três que deveriam estar tomando conta dele?
Até nesse ponto o filme
estava indo extremamente bem, o problema começa quando Glass tem que sobreviver
sozinho. Sabem o filme “Náufrago” onde Tom Hanks passa a maior parte do tempo
isolado em uma ilha? Então, é isso que acontece em “O Regresso”. A saga de Glass começa a ficar cansativa, é
um vai e vem de sangue e fuga. Em um momento ele está fugindo de alguém, no
outro momento ele está quebrado no chão e no outro ele está tentando se manter
aquecido do frio. Veja bem, a atuação de Leonardo DiCaprio é magnífica, ele
atua praticamente sozinho o filme todo e tem pouquíssimos diálogos, mas mesmo
assim ele consegue demonstrar tudo o que seu personagem está sentindo, o
problema é que depois de um certo tempo tudo isso se torna cansativo.
A fotografia do filme é
maravilhosa, o rio, a neve, o vento e a vegetação fazem com que o espectador
realmente consiga sentir o que Glass está sentindo. O trabalho de maquiagem
também deve ser citado, os ferimentos de Glass são perfeitos em todos os
sentidos.
Acredito que o problema
foi que o diretor Iñárritu manteve um lado meio cult e acabou deixando o longa
um pouco monótono. É um ótimo filme, mas não é exatamente o que eu estava
esperando.
Acho que esse ano o Leo
ganha o Oscar de Melhor Ator, mas acredito que o prêmio de melhor filme não
seja para “O Regresso”. O que vocês acham? Gostaram do filme?

