Quando Lana Del Rey surgiu, logo foi
apontada como uma grande surpresa. Um verdadeiro achado, em meio aos clichês
que a música pop apresentava. Com uma voz forte mas ao mesmo tempo doce, Lana
transformou-se em símbolo de sensualidade e estilo, não demorando para ser
amada e idolatrada pelos hipsters. Não custando também para virar uma febre perante os
jovens.
A garota dos sonhos. A rainha da
tristeza e da beleza.
Se o seu cd “Born To Die” iniciava a
sua entrada no mainstream, agora, ela realmente mostra ao que veio. Com
Ultraviolence, seu mais novo álbum, Del Rey nos entrega uma obra concisa e
coerente com tudo aquilo que ela representa.
Existem alguns temas bastante
recorrentes em suas letras, como drogas, luxúria, poder, glamour, violência (é
claro!) e o amor. Sim, o amor. Correspondido ou não, sóbrio ou não, lá está
ele. Sempre ele.
E é nas suas relações amorosas que
boa parte das músicas se fixa. Mostrando um mundo obscuro, como se uma neblina
pousasse sobre a cantora. Como se fizesse parte de todos nós. Ninguém pode negar que ela é
grandiosa em suas “batidas” e, ao mesmo tempo, realista em suas composições. Tornando-se
épica.
Tem uma frase de Bernard Shaw que diz
"A juventude é um desperdício nos jovens". Pronto! Acho que essa
frase resumiria bem o conteúdo das músicas de Mrs. Del Rey. Nunca foi tão bom
errar. Nunca foi tão bom desperdiçar o tempo com besteiras.
A beleza, aqui, está na dor
Em
Brooklyn Baby, ela entoa “I'm talking about my generation, talking about that
newer nation”. E nesse
aspecto, devemos concordar: ela aborda como ninguém os excessos da vida e da
juventude perdida.
Como não gostar do saudosismo em “Old
Money”? Como não mergulhar nos segredos na regravação de “The Other Woman” ou
assustar-se com a violência nua e crua de “Ultraviolence”?
Depois de ouvir toda a obra, pode-se
constatar que ela voltou. Lana voltou, baby. Com direito à todos os tons de
tristeza.
As
melhores músicas (Links):




